Mesmo diante da “noite escura” que envolveu o nosso mundo com a pandemia da COVID-19, uma claridade, a glória do Senhor, envolve novamente com seu resplendor as nossas vidas, como aconteceu com os pastores, nos indicando que o nosso Salvador nasceu para nós.
Leitor 1: “Não temais! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo”. Assim o anjo do Senhor disse aos pastores, e diz às nossas famílias, não tenhamos medo diante das adversidades da vida. Esta alegria do Natal não é uma alegria a mais entre outras, mas, sim uma alegria “grande”, inconfundível, que traz esperança. O milagre do Natal acentua o dom absoluto do nascimento do Verbo Encarnado, que nos faz perceber que a vida renasce como dádiva. Por isso, é “para todos os povos” e deve chegar sobretudo às famílias que sofrem e vivem tristes.
Todos: É bom saber, Senhor, que todos os dias a vida recomeça e que Jesus Cristo é a esperança de que as injustiças, as perdas, os desamores não prevalecerão para sempre.
Animador: Nós pensamos num Deus majestoso e onipotente, e Ele se nos apresenta na fragilidade de um menino fraco e indefeso; imaginamo-lo grande e longínquo, e Ele se nos apresenta na ternura de um recém-nascido que é a nossa real esperança. Sem esta esperança, irmãos e irmãs, não há Natal. Desse modo, podemos afirmar que Deus não dá explicações sobre o sofrimento, mas sofre conosco. Não responde o porquê de tanta dor e humilhação, mas Ele próprio se humilha. Não responde com palavras ao mistério de nossa existência, mas nasce para viver Ele próprio nossa aventura humana.
Leitor 2: Ir até Belém, como foram aqueles simples pastores, portanto, é irmos à fonte da alegria e da esperança, é buscarmos o essencial. No mundo de hoje encontramos sinais de esperança e desespero, por isso que dentro de nós haja espaço para que a amizade se reencontre e falas sejam tecidas sem pressa, disponibilidade para o gratuito e desejo de esperança, já que: “O homem não pode viver sem esperança: a sua vida, condenada à insignificância, tornar-se-ia insuportável” (EG 275). Todos: Enquanto houver a Palavra, Deus não está silencioso e a Igreja, no movimento de semear a Palavra, mantém vivos e ativos na história os tempos de esperança. E esta Palavra, não é, em primeiro lugar, um livro, mas sim uma pessoa: Jesus Cristo.
Animador: Os pastores contemplaram a manifestação de Deus e “voltaram, louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto”. Nós também, como família de Deus em torno da sua Palavra, devemos ser comunicadores desta alegria, cheios de coragem e incansáveis no anúncio do Evangelho. Testemunhar e seguir Jesus “não é algo apenas verdadeiro e justo, mas também belo, capaz de cumular a vida de um novo esplendor e de uma alegria profunda, mesmo no meio das provações” (EG 167).
Leitor 3: Certamente, os pastores, após verem a manifestação do Senhor, tiveram suas vidas transformadas, uma vez que Aquele Menino envolto em faixas e deitado na manjedoura enche o coração e a vida daqueles que o encontram, mas também foram anunciadores alegres daquele acontecimento.
Todos: É possível viver com esperança. Deus compartilha nossa vida e com Ele podemos caminhar para a salvação. Nossa família é chamada, neste Natal, a reavivar a alegria, a solidariedade, a fraternidade e a confiança total no Pai, fazendo de nossa casa uma verdadeira Belém, casa do Pão, da Palavra e da Esperança. Desperta em nós, Senhor, o desejo de um Natal autêntico.
FATO DA VIDA
Animador: O Natal nos lembra que a presença de Deus nem sempre corresponde às nossas expectativas, porque Ele se nos apresenta onde nós menos o esperamos. Certamente devemos procurá-lo na oração e no silêncio, na superação do egoísmo, na vida fiel e obediente à sua Palavra, mas Deus pode apresentar-se a nós quando quer e como quer, inclusive no mais ordinário e comum da vida. Há coisas que só as pessoas simples sabem captar. Verdades que só o povo é capaz de intuir.(abrir espaço para uma conversa sobre fatos relacionados ao tema, acontecido na comunidade)
DEUS FALA A SEUS FILHOS
Animador: Os Bispos do Brasil, na última assembléia geral, afirmaram que: “aos discípulos de qualquer tempo, aos de ontem e de hoje, incumbe a grande missão de ensinar o povo de Deus a ouvir a Palavra e a ela responder. (...) No entanto reconhece que se quiser evangelizar com alma, com paixão, se deseja que a fonte da Palavra sempre jorre para seu povo, não há caminho mais efetivo do que deixar-se mover pela força da Palavra em todas as suas ações e projetos”. E reiteram: “A família, ‘sujeito fundamental da ação missionária da Igreja’(DGAE 140), é o lugar por excelência onde a Palavra de Deus deve ser escutada, acolhida, vivida e transmitida.” Por isso, abramos nosso coração e os nossos ouvidos para acolher e ouvir essa Palavra de vida e salvação.Leitura do Evangelho de Jesus Cristo escrito por São Lucas 1-2, 1-20
A Leitura sera feita de modo contemplativa no Santo Terço do Natal do Senhor
PARTILHA DA PALAVRA
Leitor 1: O Evangelho que acabamos de ouvir nos mostrou que Maria e José não encontraram lugar na hospedaria, por isso ela deu à luz a Jesus, envolveu-o em faixas e o deitou-o numa manjedoura. Em nossa casa, no seio de nossa família, tem havido lugar para Jesus?Ou temos dado lugar às coisas do mundo como o consumismo e o poder?
Leitor 2: Os pastores estavam tomando conta do rebanho quando o anjo do Senhor apareceu e lhes contou sobre o nascimento de Jesus. Estes foram depressa até Belém para atestar a veracidade do fato e viram Maria, José e o recém-nascido. Temos estado atentos à manifestação de Deus em nossa vida, na vida de nossa família?
Nossa família, neste tempo de incertezas e perplexidades, tem semeado esperança e alegria no mundo?
Ou temos semeado discórdias, preconceitos e desamores?
Temos saído do nosso comodismo em direção ao Senhor que está nos irmãos e irmãs sofredores?
Leitor 3: Em sua missão evangelizadora, a Igreja se alimenta da Palavra de Deus (Ez 3,1) e a compartilha com a humanidade faminta (Mt 15,32; Am 8,11).Nós, enquanto discípulos missionários de Jesus, reunidos em nossa casa como Igreja doméstica, temos comunicado a alegria do amor de Deus às pessoas no cotidiano da nossa vida?
Ou só nos lembramos de falar de Jesus nos tempos fortes da nossa fé, como no tempo de Natal?
PRECES
Animador: Irmãos e irmãs, neste nono dia de nossa novena de Natal, peçamos a Deus que inunde de paz, alegria e esperança a terra inteira e o coração de todos os homens e mulheres, para que possamos ver Deus naqueles que mais precisam de nossa acolhida. Depois de cada invocação, rezemos:Todos: Iluminai, Senhor, a terra inteira!
Leitor 1: Pelas comunidades cristãs e seus fiéis, e pelos homens que procuram o Senhor, para que corram até o presépio como os pastores e contemplem o Menino com Maria e José, rezemos:
Todos: Iluminai, Senhor, a terra inteira!
Leitor 2: Por todas as famílias, para que neste ano dedicado às famílias possam, com o Natal do Senhor, ser instrumentos do amor, da bondade e da misericórdia de Deus no mundo, rezemos:
Todos: Iluminai, Senhor, a terra inteira!
Leitor 3: Pelos doentes, principalmente àqueles acometidos pela COVID-19; pelos pobres e os isolados, para que encontrem corações que os acolham e mãos amigas que se lhes estendam, rezemos:
Todos: Iluminai, Senhor, a terra inteira!
Animador: Promover um momento em que toda a família esteja reunida, principalmente, numa refeição e conversar entre si, relembrando histórias da família e como foi a preparação para os natais dos anos anteriores. Sintam como Deus age nesse momento de boas recordações. Sempre temos histórias pra contar! Que seja um momento de escuta e de ação de graças!
Esta Novena foi produzida pela Diocese da Campanha – MG e distribuída publicamente no Espírito Natalino. Nossa gratidão e orações por todos os produtores e distribuidores.
“De graça recebestes, de graça deveis dar!” (Mt 10,8)
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