O domingo é, para nós cristãos, o “Dia mais importante de
todos os Dias”. Nesse dia, nos reunimos na Igreja movidos por “um só desejo”,
como diz em uma das orações da coleta, louvar a Deus pelas suas maravilhas. A
Eucaristia é a máxima expressão desse louvor que queremos e precisamos oferecer
a Deus. Ela é a ação de graças perfeita, porque nela se renova o Mistério
Pascal do Cristo, fonte de nossa salvação. Estamos impedidos de participar de
uma festa tão maravilhosa. Precisamos orar a Deus em todos os momentos, todos
os dias, para que Deus se compadeça de nós, perdoe os nossos pecados e nos
permita esta graça: Participar do memorial da Paixão de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Enquanto isto não acontece, vamos falar do nosso programa: Conversando
com Cristo. Não sei quantos capítulos serão e nem que dias serão exibidos. Vou
procurar levar ao ar sempre neste horário, depois de 11 horas, ao vivo nesta
página: Catequese de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nossa reflexão pode começar, hoje, pelo Evangelho, que
constitui sempre o coração da Liturgia da Palavra. O texto de Mt 16,13-20
coloca diante de nossos olhos a confissão de fé de Simão, que passa a ser
chamado de Pedro. Poderíamos, a princípio, dividi-lo em duas partes: os vv.
13-16 e 17-19. Vamos primeiro Ouvir a Palavra de Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus.
Glória a vós Senhor.
Nos vv. 13-16, temos uma pergunta de Jesus que se repete nos
vv. 13 e 15. No v. 13, Jesus quer saber dos discípulos quem “os homens” dizem
ser “o Filho do Homem”. Os discípulos respondem que, no dizer dos de fora, dos
“homens” em geral, a concepção a respeito de quem seja o “Filho do Homem” é
muito difusa: João Batista ressurgido dos mortos (cf. Mt 14,3-12), Elias,
Jeremias, ou algum dos profetas. Jesus repete a pergunta, mas agora dirigindo-a
especificamente aos discípulos e apresentando-se como o “Filho do Homem”: “E
vós, quem dizeis que Eu sou?” Já aqui recebe destaque a figura de Simão Pedro,
tanto pelo seu falar em nome dos discípulos, pois é ele quem especificamente
responde à pergunta que Jesus havia dirigido aos 12, quanto pela sua resposta,
não difusa como a “dos homens”, mas firme: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo”.
Nos vv. 17-19, temos duas partes: a bem-aventurança de
Pedro, n. v. 17, e a sua investidura nos vv. 18-19. Jesus chama Simão, cujo
nome passará a ser Pedro, de “bem-aventurado”. O termo grego é o termo
makarios. Esse termo aparece 13 vezes em Mateus. Dessas 13 aparições do termo,
nove estão em Mt 5: são as “bem-aventuranças”. Depois o termo ocorre, ainda, em
11,6; 13,16; 16,17 e 24,46. A bem-aventurança de Pedro consiste no fato de a
sua resposta não ser fruto de um conhecimento puramente racional – pois não foi
“a carne” ou “o sangue” que revelou isso a Pedro – mas, sim, o “Pai que está
nos céus”. Assim, a confissão de fé do apóstolo não é uma palavra meramente
humana, mas fruto de uma revelação que provém do Pai, cujo sentido pleno o
próprio apóstolo ainda não alcança, mas alcançará quando testemunhar os
acontecimentos gloriosos de Cristo e for revestido da “força do alto” em
Pentecostes.
Aqui Jesus institui a sua igreja: Mateus 16:18,19 “Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que
ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será
desligado nos céus.”
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